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Sorrateiramente, nossa primavera


Sorrateiramente o amor chegou

Como uma estrela nova surgiu, brilhou
De um cosmo apagado sobreviveu
E em mim e em você, Julieta e Romeu

O desfecho seguinte estava combinado
Havia uma data, um dia, uma noite
Beijo bom se fez entre bocas caladas
Despidas de medos, desejos; fixadas

Durou um milênio de segundo
E nem dois anos se passaram, nem um
Doei tempo a nós dois era a via
Não técnico nem lógico... humano

Dopei os lençóis deturpados
Sonhamos sonhos sonhados por todos
O homem em pé com os pés no pé da cama
A vitória cantada, cedo, sobre quem se ama

Lisa e fria a ideia de mudar
A única saída para cegos nervosos
Falando a quilômetros eu te ouvia
Sentindo a milhas, frio novamente

Enquanto eu em lá, de ti sentia dó
A nota nos dedos do violeiro, violando
Aquela cadeira sobre a mesa chamava atenção
O vento entrava para saber de nós

Tu tinha expectativas sobre a alma
Sobre a alma havia decisão, solução
Tu tentavas abri-la como um deus
Tu dependes de Pandora, não ela de ti

O sol ardente corrigia os nefastos
Não era livre a chuva, ela é a salvação
Então há de criar alguém
Os pássaros que aqui gorjeiam

A tela em branco pertence a Deus
Será que tu será lá pintado?
Existe um livro ou uma tela da vida?
Deus quem sabe


De tudo, tu és o centro
Da vida, tu és um motivo
Dos anos, tu és uma inspiração
E de mim, tu és meu coração

Chegando ao fim, tu sentes a brisa
O sol te afaga e meu hálito te conforta
A folha mais verde sobre nós cai
É o sinal, nossa primavera chegou

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