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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

O segredo de vida

Era uma sensação estranha Um feixe de luz não apagado Havia algo em um meio vazio Algo que não deveria estar ali Em um corredor branco, somente o enfermo Caminhando para o fim, uma porta, saída Mas até o fim ele não chegaria Pois o fim do corredor estava mais distante que o seu próprio E o sem-teto estava à flor da lua Olhava para o céu e pedia a Deus “O que em mim falta Senhor?  Estarei eu tão longe de sua Graça?” As infinitas ruas esmagadas pelos carros Ouviam os murmúrios do pobre homem sem rumo Caminhavam com ele cobrindo a terra E o homem se deitava cansado, na grama Haveria nos homens um amor escondido? Se houve um dia, pode ser já se perdeu Entretanto, cantando passava um cego Desgraçado de vistas, mas feliz como um rei Motivo de espanto era o homem contente Para o meio, o enfermo, o sem-teto e o asfalto Mas não era ele o personagem principal O cego passara e em algum lugar chegou E no meio dos povos uma borboleta voava Olhava