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Mostrando postagens de junho, 2013

Descemos ao pé da incapacidade

Eu devia ter dito adeus Eu devia ter compensado a dor que sentimos, devia ter sido forte por nós. Mas eu não pude. Eu não quis. Fui covarde outra vez. Nas entrelinhas do nosso amor havia ódio, havia sangue, tudo eram veias. E este corpo vulnerável não foi capaz de nos manter acesos. Eu peço perdão óh refúgio escondido, eu não retribuí o favor feito, eu libertei as lágrimas proibidas por ti. Não era o humano, era o espírito, era a essência nua de um ser perdido. Como pudemos ter nos refugiado tão longe um do outro? Levarei agora a culpa em uma mala, farei dela minha motivação, não tentarei compreender. Caminhei por caminhos cegos, ouvi a insanidade e acreditei, me perdi por estradas desertas nas quais nunca mais me encontrei. Desisti enfim, de tentar. Abandonei o medo e arregacei as mangas do pudor. Despi-me as vestes violentadas, abusei de mim mesmo a paixão destruída. Não tive ao menos uma vez a chance de me reinventar, foi a perversão redundante o assassino