Caminhava sem pensar em direção à sua casa. Elizabeth era o nome do pássaro imaginário que seguia o homem onde quer que ele fosse. Luís Henrique Felgor é nossa chave, nosso interesse e mistério. Luís naquele dia resolvera caminhar em passos curtos, para conseguir contar os ladrilhos da estrada. A ideia não surgira hoje, o pássaro que sempre rodeava seus pensamentos contava os ladrilhos diária e incansavelmente, repetindo sem desistir: -Sem os ladrilhos contar, como pode você caminhar? 271, 272, 273, é desrespeitoso Luís, esse chão tem história, é desrespeitoso Luís. O homem de meia idade comemora seu aniversário em todo o décimo sétimo dia do terceiro mês do ano, mas este ainda demoraria a chegar. A informação nos ajuda aqui, pois foi no ladrilho 317 que seu pássaro, sem explicação morrera. Observara a ave rodopiar em demasiada lentidão, até em seus pés chegar. Ficou ali, estática, já azul de tão fria, mesmo num dia quente. Como a cena já se punha como estranha, Henrique resolve...
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