Naquela manhã eu estava só. Mas estar só era exatamente o que tornava aquele momento mágico, único e meu. Acordei na grama, em uma praia qualquer. A ideia de fugir surgira em meio a rotina e a escravidão do capitalismo que me matava a juventude dia após dia. Meu peito queimava ao sol das dez da manhã e minha cabeça fingia começar a doer. Olhei em volta, minha camisa não estava tão distante, meus tênis estavam embaixo da pedra onde eu os tinha escondido na noite anterior e as garrafas de cerveja estavam vazias. Sentei-me na grama e ao olhar para o mar se beijando com o céu e seus tons da manhã, senti-me sem ar. Eu estava no quadro onde sempre quis estar, nas fotos dos outdoors, nas telas de computadores. As nuvens ganhavam formas facilmente enquanto eu fumava o terceiro - ou talvez quarto - baseado. O calor do sol já não era tão quente, pois a felicidade que eu sentia irradiava de mim. Tive a impressão de que os ...
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